A Religião dos fariseus . " O verdadeiro coração da adoração" ( Mc 7.1-23 ) *8

Marcos  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 4 views

Confrontar a igreja sobre as tradições que colocam superior a Palavra de Deus.

Notes
Transcript

(A Religião dos fariseus.)O verdadeiro coração da Adoração. (Mc 7.1-23)

Marcos 7.5 “interpelaram-no os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos de conformidade com a tradição dos anciãos, mas comem com as mãos por lavar?”
CONTEXTO
Contexto imediato e literário:
o que vem antes: Os milagres de Cristo ( Muliplicação dos pães, Cristo anda sobre as águas e as curas em Genesaré)
o que vem depois: A fé de uma mulher estrangeira . Mulher de cananeia. “ Ao longo de todo o seu ministério, esta é a única vez em que o Senhor Jesus sai dos limites de seu país natal. Cruza a fronteira da Galileia até a região de Tiro, e entra em território gentio, não judeu .”
Contexto histórico e cultural:
Essa passagem contém um quadro humilhante a respeito do que a natureza humana é capaz de fazer no campo da religião. É uma das passagens das Escrituras que deve ser frequente e diligentemente estudada por todos que desejam a prosperidade da Igreja de Cristo.
Até aqui, Marcos descreveu cinco confrontações entre Jesus e os líderes. Eles o acusaram de assumir prerrogativas divinas (2.7), relacionar-se com pessoas “ruins” (2.16), permitir que os seus discípulos “não guardassem” o sábado (2.24), de ele mesmo não guardar o sábado (3.2,6) e expulsar demônios por Belzebu (3.22). Essa confrontação, agora, centra-se ao redor de uma questão básica
ESTRUTURA
1. Confronto com os Fariseus e Escribas “ V 1-5”
Em primeiro lugar, a identidade dos acusadores (7.1). Os escribas e fariseus eram os guardiões da tradição judaica. Eles eram farejadores de heresias. Eles eram detetives da vida alheia. Por onde quer que Jesus andava, eles estavam espreitando-o para encontrar alguma heresia para o acusar.
Os escribas eram os especialistas da lei. Eles a estudavam, interpretavam e a ensinavam ao povo. Mais exatamente, eles transmitiam para sua própria geração as tradições, que de geração em geração, tinham sido passadas com respeito à interpretação e aplicação da lei. Essas tradições tiveram a sua origem no ensino de rabinos veneráveis do passado. Os fariseus, por sua vez, eram aqueles que tentavam fazer todos crerem que eles, os separatistas, estavam vivendo de acordo com o ensino dos escribas.
Em segundo lugar, a prática dos acusadores (7.2-4). A tradição dos anciãos correspondia a uma coleção de preceitos, adicionais à Lei de Moisés, que pretendia guiar o israelita na aplicação dos mandamentos por meio das variadas circunstâncias da vida. Segundo os rabinos, Moisés dera esses preceitos oralmente aos anciãos de Israel, os quais haviam transmitido do mesmo modo às gerações sucessivas.
Em terceiro lugar, a pergunta dos acusadores (7.5). Os fariseus e escribas estão escandalizados porque os discípulos de Cristo não purificavam as mãos para comer, nem mesmo prestavam obediência à tradição dos anciãos. Essa acusação tinha o propósito de atingir a Cristo. Eles seguiam rituais vazios e queriam que os outros fizessem o mesmo. Eles estavam cegos e queriam conduzir os outros cegos para o abismo.
Essa lavagem de mãos nada tinha a ver com higiene pessoal ou a ordenança da lei, mas apenas com a tradição dos escribas e fariseus. Isso era mais um fardo que eles inventaram para o povo carregar . Mateus 23.4 “Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.”
2. A resposta de Jesus: Hipocrisia e verdadeira adoração. “V 6-13”
Em primeiro lugar, Jesus descreve o caráter dos acusadores (7.6). Jesus chama os seus contendores de hipócritas. O hipócrita é um ator, ele desempenha o papel de outra pessoa. Ele não é quem aparenta. Os lábios são de uma pessoa, mas o coração é de outra. John Charles Ryle alerta para o perigo de estarmos fisicamente na igreja e deixarmos nosso coração em casa, de sermos uma pessoa aqui e outra acolá.
Em segundo lugar, Jesus revela a inversão de valores dos acusadores (7.8). Os escribas e fariseus proclamavam ser defensores da ortodoxia. Mas o zelo deles não era em preservar e proclamar a Palavra de Deus, mas em manter a tradição dos anciãos. Eles haviam trocado a verdade pela mentira.
Em terceiro lugar, Jesus aponta os desvios dos acusadores (7.7–13). Os escribas e fariseus tentaram reprovar os discípulos de Cristo para destruí-lo. Eles foram denunciados de cometer vários desvios na prática da verdadeira espiritualidade:
O culto deles era em vão (7.7). Jesus responde aos escribas e fariseus citando para eles a lei e os profetas, ou seja, Isaías 29.13 e Êxodo 20.12. A autoridade não está nos escritos dos rabinos, mas na Palavra de Deus.
Isaías 29.13 “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu,”
Êxodo 20.12 “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.”
Eles negligenciam o mandamento de Deus (7.8). Como vimos, os escribas e fariseus eram culpados de colocar a mera tradição humana acima do mandamento divino, uma regra feita pelo homem acima de um mandamento dado por Deus. Eles deturparam o mandamento de Deus para manter a tradição dos homens. Eles deram mais valor à sua tradição oral do que à Palavra escrita de Deus.
Eles rejeitaram jeitosamente o preceito de Deus (7.9–12). Os escribas e fariseus chegaram a ponto de anular e invalidar um preceito infalível de Deus para confirmar sua tradição fraca e miserável. Jesus fala sobre o arranjo jeitoso que os rabinos fizeram para deturpar o quinto mandamento e liberar os filhos avarentos da responsabilidade de cuidarem de seus pais na velhice. Esses líderes proclamavam amar a Deus, mas não tinham amor pelos pais. O mandamento para honrar pai e mãe está fartamente documentado nas Escrituras. Honrar pai e mãe é mais do que simplesmente obedecer-lhes. O que realmente importa é a atitude interior do filho em relação aos seus pais. Essa atitude é o que, na verdade, produz honra. Toda obediência interesseira e relutante, ou produzida pelo terror é, descartada. Honra implica amor e alta consideração.
Eles invalidaram a Palavra de Deus (7.13). Os escribas e fariseus estavam não apenas ignorando, mas também invalidando a Palavra de Deus. Eles estavam retirando a autoridade divina do quinto mandamento.
Êxodo 20.12 “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.” .
3. Jesus ensina sobre a verdadeira purza. “V 14-23”
A contaminação vem de dentro e não de fora (7.14-16). A verdadeira espiritualidade não é ritual nem cerimonial, mas procede da sinceridade do coração. Não é o que o homem coloca para dentro, mas o que sai do seu coração. Esse preceito de Jesus tem duas implicações:
que Jesus refuta a ideia de que o homem é produto do meio. O mal não vem de fora, mas de dentro. O mal não está no ambiente, mas no coração.
Em vez de ser um prisioneiro do legalismo farisaico, Jesus exorta a multidão a ter uma espiritualidade governada pelo entendimento da verdade de Deus. Jesus dá uma
A verdadeira pureza tem a ver com o coração e não com o estômago (7.17–20). Jesus está acabando com a paranoia da religião legalista das listas intermináveis do pode e não pode. Jesus está declarando puros todos os alimentos. Não podemos considerar impuro o que Deus tornou puro (At 10.15).
Atos dos Apóstolos 10.15Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum.”
Os grandes males procedem do coração e não do ambiente externo (7.21–23). Jesus aponta o coração como a fonte dos sentimentos, aspirações, pensamentos e ações dos homens. Essa fonte é, também, a fonte de toda contaminação moral e espiritual
O remédio é um novo coração. É mais difícil ter um coração limpo do que mãos limpas. De fato, é impossível ter uma vida aceitável a Deus, com nossos corações contaminados longe de sua graça purificadora. O evangelho trabalha de dentro para fora, provendo a motivação interna necessária para adquirir caráter justo e para livrar-se de toda impureza e acúmulo de maldade (Tg 1.21).
Tiago 1.21 “Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.”
GRANDE IDEIA: A verdadeira adoração envolve um coração transformado, compromeido com os mandamentos de Deus.
RESPOSTA DESEJADA: Nós temos buscado uma vida de integridade, onde o seu coração e ações estejam alinhados com a vondade de Deus?
TEOLOGIA BIBLICA
Hipocrisia na adoração Isaías 29.13 “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu,”
Oração de um coração puro. Salmo 51.10 “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.”
Jesus critica a hiprocrisia dos fariseus. Mateus 23.25–28 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.”
APLICAÇÃO: Que possamos discenir entre tradições humana e os verdadeiros mandamentos de Deus.
O dilema é: a Palavra de Deus ou as tradições dos homens. Pensemos nas tradições que nossas igrejas acumularam e questionemos se elas resistem à avaliação da Palavra!
Deus abençoe.
Pr. Jonas Souza
Related Media
See more
Related Sermons
See more